terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

vindo do coração



Escondido por baixo do casaco, o J. traz um envelope com este desenho. Oferece-me com um sorriso.
- Guardei-o junto ao meu coração para to dar!



Pelas cores que usou, pelas emoções que revelou e pela alegria com que o ofereceu, eu fiquei muito, muito feliz!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Os primos armaram a tenda!



No bom sentido, é claro! A festejar o aniversário da avó e a matar saudades uns dos outros, os 6 primos, que se sucedem numa escadinha de 2 em 2 anos, regalaram-se a tarde de ontem a brincar e a criar.


Depois de armarem batalhas e prepararem ataques nos castelos da playmobil, onde simularam o massacre dos soldados, foram para o quintal do avô montar uma tenda de verdade, digna de autênticos índios (e eles nem andam muito longe disso...)


Os mais velhos reuniram os ramos ainda dispersos da poda sazonal para montar a tenda e protegeram-na com uma muralha, fazendo recear o invasor.




Quando o G. tentou entrar, teve que desembainhar a pistola que trazia à cinta, mesmo não tendo canhão nem balas, o que ele acatou imediatamente.



Não há parque de diversões que se compare a uma tarde bem passada com os primos!



Eu ainda não esqueci as minhas...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fim de tarde



É sempre agitado, apressado, a levar e a trazer, carregar mochilas, despir casacos, fazer a sopa, dar banhos e mexer o arroz e "vamos lá", "anda daí" e "despaaacha-te"...

Hoje não, hoje fomos à praia, num fim de tarde com tempo, sem horas, nem actividades, em "dia de nada", como eles gostam de dizer.

Vivendo a tão poucos quilómetros da praia, vamos lá tão poucas vezes que até me envergonho.

Mas hoje o sol falava mais alto e o vento colaborou, por isso fomos os 4 lanchar à beira mar e brincar na areia, com muitas saudades de tirar as meias e os sapatos...

Desenharam com paus, desafiaram as ondas, inventaram uma marimba com canas e castanholas com conchas.

Deliciei-me a vê-los, hoje sem pressa, sem stress e sem obrigações.

No fim da tarde de hoje só houve direitos, direito de brincar até ao sol se ir e lembrar que estava na hora de voltar para casa.

Vieram suados, sujos e felizes e eu com eles!

Mais uma vez esqueci-me da máquina que regista imagens, mas o cheirinho a mar que esta praia tem e o som das gargalhadas deles, eu nunca conseguiria mostrar com fotografias.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Lenço de amor





Porque é de amor que ele fala.


É um lenço de amor de filha, da filha da minha mãe!


Nunca sei como demonstrar e retribuir à minha mãe todo o amor e dedicação que ele tem comigo e com os muitos.

A brincar e a sério, costumo dizer que ela é o meu braço direito...e esquerdo e a minha perna direita e também a esquerda. Preciso muito da sua ajuda todos os dias e a demasiadas horas, reconheço, mas não o escondo nem me retraio. Agradeço, muito!


A minha mãe é uma mulher muito especial, para mim a mais especial de todas as mulheres e ainda bem que é a minha mãe. É também a mãe dos meus filhos, que trata como filhos, mais do que netos, e a quem eles respeitam e amam como uma mãe, mais do que avó.

Sabe observar, avaliar, esperar e ensinar como ninguém.

Não apenas as letras e os números aos alunos que passaram pelas cadeiras da sua sala de aulas, que, atingida a maioridade, continuam a levar flores a casa da professora no dia do seu aniversário.

Sabe ensinar a viver, a saber viver e a colher os frutos da nossa paciência.

Somos as duas muito diferentes, não apenas no verde dos olhos, que passou à minha irmã, ou na tez morena, que também não tenho. Somos sobretudo diferentes na forma de estar na vida, ela prudente, eu espontânea, ela realista, eu optimista, ela hesitante, eu impulsiva, ela assertiva, eu desastrada.

Tal como para o meu pai, a minha mãe abranda a nossa fervura, só depois de deixar deitar um bocadinho por fora...

Se calhar é a única pessoa a quem sou incapaz de dizer alguma palavra desagradável, mesmo que esteja nos meus piores dias, por não suportar a ideia de a fazer sofrer.

Aprendo imenso com ela e sei que em muitas artes foi a mim que ela passou testemunho, mas estou muito longe de ser uma mãe assim.


Depois de muito pensar no presente que lhe queria oferecer, e que normalmente é uma coisa feita por mim, há uma semana decidi-me pelo lenço de amor, com uma quadra que criei para ela, só para a Rosa do nosso jardim, com os erros ortográficos típicos destes lenços, como não podia deixar de ser.





E como em algumas coisas somos bem parecidas, o lenço foi bordado até à última da hora, pela noite dentro, e com os dedos ressentidos das espetadelas.
Passei a semana a escondê-lo, sempre que vinha cá a casa e pela primeira vez a querer que ela fosse embora para poder continuar o trabalho. E ela logo, logo percebeu e até se ria quando eu lhe disse para ignorar o monte da roupa que ia aumentar consideravelmente nos próximos dias.

É tão difícil esconder o que quer que seja da minha mãe, sobretudo as emoções.
Quando se apercebe, e ela apercebe-se sempre, que há falta de namoro entre nós, diz-nos que esta semana ainda não fomos ao cinema e "marquem lá o dia que eu fico com os meninos."


São hoje 60 anos, mas ninguém lhos dá, porque tem a cara sorridente de uma jovem mulher!

Mãe de 3 filhos, avó de 6 netos. Os anos passam, mas não passam por ela!


Todos mereciam ter uma mãe como a minha!





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

rodilha


Da Mary, com andorinhas, mesmo como eu queria.


É saloia e é linda!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos namorados


O nosso já foi há uns dias. E assim tem sido há 20 anos, pela proximidade da nossa data e pela importância que sempre lhe demos.


Mas a L. quis oferecer um presente ao seu amigo especial, de quem confessou que gosta mesmo por amor...e ele também de mim....


A acompanhar o postal vão uns bolinhos de laranja em forma de coração encomendados aqui à pasteleira, à falta de uma caixa de chocolates em forma de coração, conforme pedido da freguesa...



Ao que eu cheguei...!


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Anedota do fim de semana

...que contada à quarta ainda vem a tempo...
A L., desde que aprendeu a primeira, passou a ser uma contadora de anedotas compulsiva, impulsiva, expressiva, é certo, mas muito, muito repetitiva.
Bombardeia toda a gente que apanha pela frente com a última que aprendeu ou com as 3472 anedotas que conhece e que já contou seguramente.
Eu digo que sim, conta lá filha, rio-me, com os sorrisos mais coloridos que consigo arrancar das minhas entranhas e ela vai alimentando o vício.
Nem um livro de piadas para cada dia do ano a fez mudar o repertório e a coisa está a ficar um bocadinho...como hei-de dizer...saturante...
Mas há dias, ao jantar, quando ia "ligar a cassete", dizia:

- Ó mãe sabes aquela do menino que tinha que fazer um desenho...
- Sim, filha, tu contaste-me, que era uma vaca e que se foi embora depois de comer a relva toda...
- Ah, ah, ah,...pois foi... Então diz-me lá uma anedota que tu não conheças para eu te contar.

Agora sim, eu ri-me a bom rir!!!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

blog na ponta d'agulha


Há muito pensado, com muitos projectos em lista de espera, o blog da loja já vem atrasado.
Mas aqui está ele.
Não há como um Domingo com sol!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

laranjas doces



São doces, sumarentas e portuguesas.
São daqui e desta vez fui eu que as apanhei.
Hummmm!!!!
Em gomos, em sumo ou em torta, usamos e abusamos e o dono até fica satisfeito.
Aqui vai a receita da Torta de laranja:
8 ovos
400g açúcar (ou menos)
raspa e sumo de 2 laranjas
60 gr manteiga líquida
40 gr de farinha maizena (amido de milho)
60 gr côco (opcional)
Ligar o forno a 200º.
Batem-se bem os ovos inteiros com o açúcar (o mais moido possível).
Junta-se a raspa e o sumo das laranjas, a maizena e a manteiga liquida.
Se se desejar, acrescenta-se agora o côco e envolve-se levemente (dá um sabor especial e reduz a intensidade do açúcar).
Bate-se mais um pouco.
Deita-se o preparado numa forma rectangular forrada com papel vegetal previamente untado com manteiga e vai a cozer 20 m no forno já quente.
Depois de cozido, desenforma-se sobre um pano húmido polvilhado com açúcar ou côco (o meu preferido) e enrola-se cuidadosamente.
Deixa-se repousar um pouco no interior do pano e quando arrefecer coloca-se no prato de servir.
Duração média após a confecção: 1 dia!
Aqui em casa às vezes nem isso...porque até o meu cunhado gosta e ele é bem selectivo nos doces...
Agora as laranjas, têm que as ir buscar a outro lado, porque estas já têm dono...:)))

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

o melhor presente


Ao calor da lareira, com um dvd a passar que ninguém via, ou se calhar ouvia, os mais pequenos desfrutavam do seu brinquedo mais precioso, os irmãos.
Às escolinhas, a L. ensinava o G. a contar, mostrava-lhe as cores e indicava-lhe as formas. E dizia que estava tudo "Muito bem!!!"
É por estes e por outros momentos que sei que o melhor presente que lhes podemos dar foi, a cada um, dois irmãos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Mais um dia de Carnaval!


Aqui em casa o Carnaval é só mais um dia em que eles se disfarçam.
Aliás, as roupas de Carnaval de outros anos são quase tão usadas como os fatos de treino e as sapatilhas. Então nas festas de aniversário, elas atingem a taxa de utilização máxima, ainda que o pêlo do coelhinho chegue só até aos joelhos ou a saia da princesa se arraste pelo chão. Serve sempre a quem veste, de uma maneira ou de outra!
Por essa razão, todos os anos, a escolha dos disfarces é da responsabilidade deles, com o limite (inegociável) do plafond máximo e das características dos acessórios, sem cortantes nem "espetantes".
Assim, já tivemos coelhos, abelhas, dragões, tigres, soldados, um tele-tubie, um capuchinho vermelho, uma princesa e um incontornável zorro.
Este ano, excepcionalmente, os disfarces foram decididos em cima do acontecimento, mas a sorte não podia estar mais do meu lado.

Houve um Pirata das Caraíbas, correcção, Jack Sparrow, que o artista não permite confusões, com uns colares pendurados à última da hora.


Houve também um "poner" ranger, com poderes especiais, depois de rejeitado o Peter Pan (mas onde é que eu tinha a cabeça quando pensei que o meu pequeno ninja se ia vestir de verde...)


Mas a escolha mais acertada foi sem dúvida a da L., às voltas com vestidos de princesas, e fadas, e outros brilhos que ela ignorava, encontra um único exemplar (e mesmo do seu tamanho) de miúda da claque do High School Musical, de que ela é fã desde a primeira apresentação mesmo quando não entendia uma palavra do que o Troy dizia à Gabriela. E à falta de cabelos negros para ficar igual à protagonista, espetamos uns totós no ar com pompons a condizer. Não podia estar melhor!


De cortejo em cortejo, pude vê-los a desfilar cheios de cor, a iluminar o dia cinzento.