quarta-feira, 14 de março de 2012

3,1415927

Mais precisamente 3,1415926535897932384626433832795028841971693993751058, também conhecido por Pi, faz hoje anos!
 
 

Porque hoje é dia 14 do 3 e o valor abreviado do pi é 3,14.

Houve festa de aniversário na turma da Leonor, e à conta disso, já fiz um bolo de chocolate para o convívio.

Ajudei-a a levar o bolo à sala e, pelo caminho, já se ouvia a cantar os parabéns. Nesse instante, alguém me perguntou:

- Então, a Leonor, faz anos hoje?- Não, é o Pi...!!!

Tenho que me habituar a estas bizarras e curiosas celebrações, ou eu não tivesse uma menina que come matemática ao pequeno almoço.

Haja sempre motivos para festejar! 

terça-feira, 13 de março de 2012

crescer




À medida que os meninos crescem, sinto que é cada vez mais difícil ser assertiva na sua educação.
Quando iam para o quarto pensar uns minutinhos, era bem mais fácil, para eles e para nós. Já se diz que o tempo é o melhor remédio e nestas ocasiões é melhor que qualquer ralhete ou uma surra bem aviada.
O tempo arrefece e refreia os ânimos e os estragos acabam por ser menores. Os problemas mingam e a consciência surge para distinguir o certo do errado.
Mas agora cresceram e mandá-los para o quarto "pensar" é coisa do passado. O isolamento, se alivia a tensão inicial, rapidamente se transforma em afastamento e alimenta o motivo que gerou o conflito. 
Se insistir, ainda me pedem que encoste a porta e ligue o rádio na RFM.
Mesmo com tão pequena diferença de idades, noto que o mais novo tem crescido com uma energia tal que toma vida própria do alto dos seus 8 anos. Cada contrariedade é um conflito aberto e cada repreensão uma batalha titânica. Quando me salta a tampa (e salta-me tantas vezes a tampa), ainda o aviso que está a perder a noção do perigo…
- Que perigo?-pergunta ele.
- O perigo de levares uma surra!
Mas é tempo perdido e energia desperdiçada, porque os irmãos não se educam pela mesma cartilha e o que era suficientemente persuasivo para uns, não roça os calcanhares do receio para outros.
Também o que se poderia esperar dos filhos quando os educamos para pensar e questionar, quando desenvolvemos o seu espírito crítico e os impedimos de aceitar um “porque sim”?! Há que ser criativo, sem deixar de ser determinado e o mais possível assertivo.
Com o G. tenho aprendido muito nesta nova abordagem da educação e da disciplina e esgoto todas as formas de disciplinar que a imaginação me permite.
Para já, vai funcionado e acabamos de sair gloriosamente de uma semana de castigo. Castigo não, “período de avaliação”, como lhe chamamos. Apesar da dificuldade em cumprir e das limitações que lhe foram impostas, ele mostrou ter percebido que tinha ultrapassado os limites e acatou pacientemente o decurso do tempo. É claro que tentou negociar e encurtar o tempo que ainda lhe restava sem direito a televisão, mas não desobedeceu nunca. É uma grande vitória!
Sobretudo, ganhamos tempo de qualidade, com jogos e histórias lidas a dois ao serão, passeios de bicicleta e jogos matraquilhos, onde me deu uma abada monumental. Faz-me pensar que, agora, sou eu que preciso de um “período de avaliação” e concluir que a televisão tem vindo a ser uma baby-sitter de péssima qualidade, enquanto me ocupo nos afazeres do fim de tarde.
No fim da semana, felizes com a forma que encontramos para resolver o problema, abraçamo-nos longamente.
- Parabéns filho, esta semana cresceste imenso!
- Pois foi, cresci no pensamento!